Umas das primeiras questões que levantei com minha GO na primeira consulta foi sobre a minha rinite alérgica. E se ela vier, poderei tomar alguma coisa?
Ela me falou de um anti-alérgico, que eu até lembrei o nome no início da crise na qual me encontro, mas eu nem quis arriscar. Decidi não fazer nada até que meu médico me visse.
A grande questão é: Minha GO não estava certa sobre o meu caso. Ela me disse, que geralmente as grávidas ficam sem alergias na gravidez. Eu confiei. Mas o tempo me provou o contrário.
Fez muito calor no último mês. E a baixa umidade acabou comigo. Resultado: estou desde quarta-feira passada com nariz e garganta conçando, coriza forte no nariz, espirros, já tive o nariz entupido, e estou com mal estar.
Fui ao meu otorrino e a única coisa que ele liberou foi lavar o nariz om Rinosoro Jato Contínuo. Mais nada? Mais nada.
Comecei então a entender, o que significa de fato o termo "Padecer no Paraíso". É quando você se sente a melhor e mais feliz mulher do mundo. A mais premiada, até, no meu caso, a primeira crise de rinite, sem poder tomar nada para ficar melhor.
Ah, mas está bem. Compensa. No fim dessa gestação, estarei com minhas pérolas negras no braço. Lindos. Sorrindo pra mim. rsrsrsrsrs
Bem, vamos a mais informações sobre o caso. Eu li muito e quero dividir as informações com vocês. Abaixo a foto do Rinosoro e um texto sobre Rinite Gestacional.
Beijos barrigudinhos e triplos para todas vocês.
Alterações na fisiologia da mucosa nasal são relativamente comuns na gestação. A rinite alérgica preexistente, assim como a asma, pode melhorar, piorar ou permanecer inalterada durante a gravidez. Sintomas que se iniciam durante a gravidez podem ser variados e é comumente descrita a rinite vasomotora gestacional. Segundo Mabry, em estudo realizado em 1986, os sintomas nasais significativos ocorrem entre 18% e 30% das mulheres grávidas. A maior parte desenvolve obstrução durante o final do primeiro e segundo trimestre gestacional. A gravidez pode também piorar uma rinopatia preexistente em até 10% dos casos. Muitos conceitos recentes sobre o assunto, em especial as opções de tratamento, mostram a importância e a complexidade deste período na vida das mulheres.
Patogenia
Segundo estudo realizado por Ellegard et al, os níveis séricos do hormônio de crescimento placentário estão elevados na vigência da rinite gestacional, podendo tal hormônio estar envolvido na patogenia desta patologia, porém o estudo não apresentou conclusões fisiopatológicas concretas. A hiper-reatividade da mucosa nasal é uma característica das manifestações nasais alérgicas. Durante a gravidez, os sintomas decorrentes da hiper-reatividade alérgica podem agravar-se. Terada et al, através de estudos realizados com análises da mucosa nasal, utilizando a reação em cadeia da polimerase (PCR) e o método de hibridização Southern-blot, compararam as expressões do receptor histamina-H1 mRNA de espécimes do epitélio nasal de pacientes grávidas com rinite alérgica e pacientes femininas em idade fértil, não grávidas, com rinite alérgica. Observou-se um aumento das expressões dos receptores histamina-H1 mRNA nas pacientes grávidas, o que poderia explicar, em parte, a agudização da hiper-reatividade nasal na gravidez. Isto também sugere que hormônios sexuais estejam relacionados na preponderância da rinite alérgica em mulheres grávidas. O estrógeno é o hormônio com a maior elevação durante a gravidez, estando seus níveis séricos particularmente elevados durante a gestação. Esta explicação fisiopatológica se confirma também nos casos de uso exógeno de estrógenos ou nas hepatopatias, desencadeando a rinite alérgica, porém em situações muito mais raras. Outras hipóteses fisiopatológicas, enumeradas por Incaudo et al, seriam o aumento da circulação sanguínea na mucosa nasal pelo efeito da progesterona sobre a musculatura lisa dos vasos sanguíneos, ocasionando um relaxamento muscular e posterior congestão nasal. O estresse associado ao período gestacional, mesmo em mulheres saudáveis, poderia ter um efeito similar. O termo rinite vasomotora gestacional advém justamente de tais hipóteses fisiopatológicas, refletindo os efeitos dos hormônios sexuais sobre os capilares da mucosa nasal.
Manifestações clínicas
A rinite na gravidez se acompanha de prurido nasal intenso, coriza aquosa por vezes abundante e obstrução nasal, podendo coexistir também prurido ocular, faríngeo e auricular. Nestes casos, a história pessoal e/ou familiar alérgica está presente, os testes cutâneos são positivos, podendo ocorrer presença de eosinófilos na secreção nasal. Há uma congestão nasal evidente, ocorrendo em geral nos primeiros meses da gestação, desaparecendo no período pós-parto, podendo surgir em mulheres sem história pessoal ou familiar alérgica. O sintoma predominante é a obstrução nasal, que, muitas vezes, constitui-se comemorativo isolado. Os testes cutâneos são inexpressivos e a eosinofilia pode ou não estar presente(8). A obstrução nasal prolongada pode provocar problemas secundários, como o surgimento de respiração de padrão bucal e suas consequências, que por sua vez atuaria como fator agravante e/ou desencadeante de crises de asma. Em alguns casos pode ocorrer o surgimento de uma rinite alérgica durante o período gestacional, já que esta é uma manifestação de ocorrência expressiva em inuo mulheres adultas em idade fértil, fato que poderia explicar sua presença em grávidas. Podem surgir também a rinite atrófica e a rinite eosinofílica não alérgica.
O controle da rinite na gravidez é importante não só para dar conforto à gestante, mas também para prevenir efeitos adversos indiretos sobre a gestação devido a alterações no sono, paladar, olfato, assim como para impedir que atue como fator agravante e/ou desencadeante de crises de asma. São importantes também as recomendações gerais usadas para todas as rinites: evitar fumo e outros poluentes ambientais, realizar lavagens nasais com solução fisiológica para umidificar e limpar as fossas nasais. Em resumo, a abordagem da rinite na gestante deve ser feita da forma mais ampla possível, não se resumindo apenas no ato de receitar medicamentos. Pelo contrário, o tratamento ideal para a grávida é aquele onde o objetivo é atingido com a mínima utilização de fármacos. Outras manifestações podem coexistir com a rinite durante o período gestacional, incluindo sinusites, otites, rinofaringites, poliposes, asma. Sua identificação correta é fundamental para que sejam abordados adequadamente.
Tratamento:
Rinosoro Jato Continuo para lavar a narina.
Fonte:
Renato Roithmann, M.D.,Ph.D
Eduardo M. Rodrigues
Patrick L. A. Canella
Meu médico: Dr. Carlos Fernando de Souza Franco
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