quarta-feira, 29 de abril de 2015

Um presente de Deus na barriga mais linda do mundo


Como amar uma barriga?
Tarefa fácil? Ou árdua?

Basta que a vida que brota, ilumine a nossa alma, dando vida às nossas vidas.

Uma barriga traz em si muito mais que vida. Traz a esperança de dias melhores, bons momentos, alegrias, sorrisos, trocas.

Uma barriga alimenta a prole, que alimenta a alma de quem espera.

Barriga é casulo, templo, espera.
A barriga gera.
Barriga é silêncio, segredo, vida.
Barriga é vida na minha vida.




O dia em que eu achei que ia morrer

Eles chegaram. Após "longos" oito meses, meus bebês foram retirados às pressas de dentro de mim no dia dez de abril de 2015.

Em uma semana eu inchei mais e a pressão subiu. No domingo eu acordei com cara de mamãe que vai dar a luz. Era meu aniversário, eu tinha dormido até tarde e considerei aquela cara inchada como resultado de um sono mais prologado. Mas, a semana começou e a cada dia era mais difícil sair da cama. A barriga doía, a virilha ardia e doía quando eu pisava no chão, os pés e as pernas inchavam cada dia mais. Eu simplesmente não entendia aquilo e pedia a Deus e à minha falecida mãe, que cuidassem de mim para que tudo acabasse bem. Cheguei a achar que não ia aguentar. Pedia a Deus força para suportar sem reclamar, mas o sofrimento só aumentava.

Comecei a semana com a pressão em 13/9. Ela subiu para 14/09 e a médica pediu repouso absoluto. Eu comecei a fazer. A pressão foi a 15/10 e então, 17/10, A médica decidiu tirar os bebês que estavam em sofrimento e considerou meu quadro como início de "pré-eclâmpsia". Nossa como eu chorei naquele momento. Tive muito medo de morrer e deixar meus pequenos nas mãos de outras pessoas, que não fossem eu.

Ao telefone, a médica agendou UTI Neo Natal para meus filhos antes da internação. Eu fui para o hospital com uma sentença: "hoje é meu dia. De hoje eu não passo." 

Foram os momentos mais sofridos da minha gestação. Incertezas, medos, dúvidas tomavam conta de mim. Ninguém pode imaginar como eu sofri. Calada. Não tive coragem de acionar as pessoas à minha volta. As lágrimas desciam e eu só pedia a Deus que me abençoasse com o melhor e que se fosse possível, me poupasse naquele momento, me dando o direito de conhecer meus filhos e permanecer viva para criá-los.

A médica me explicou que dá mesma forma que eu estava sofrendo, os bebês também estavam sofrendo. Mostrou-me que meu inchaço era uma doença progressiva, que se continuasse insistindo, eu e meus bebês poderíamos acabar mal e isso, ela não iria deixar acontecer. Chorei. Chorei muito. Naquele dia completávamos 35 semanas de gestação. A questão, é que um dos bebês, tinha esse tempo, mas o outro, concebido há menos tempo, estaria com 34 semanas. Se eu perdesse um deles àquela altura, estaria perdendo tudo. Meu chão desabaria e acabaria ali a minha razão de viver, mesmo sabendo que Deus sempre nos reserva o melhor.

Fomos para o hospital. Antes de entrar para o bloco cirúrgico eu conversei com a médica, tentei ser forte, orei.

Na sala de cirurgia, o primeiro impacto: a anestesia. O que é aquilo? Não é coisa de Deus. Fiquei tão tensa com aquilo, que veio um filme na minha mente. A tensão foi tanta, que me deu um torcicolo, que durou uma semana após o parto. E isso, porque eu cuidei com anti-inflamatório e bolsa de água quente.

Na cirurgia, comecei a tremer toda. Disseram-me que era normal por causa da anestesia. Normal? Aquilo la era normal? Imagina o que não é.

Depois, me colocaram uma sonda que ardeu pra burro. Também me falaram que era normal. Ai ai...

E quando a anestesia fez efeito e a cirurgia começou, eu não tinha nem dor, nem ardume, mas senti me cutucarem até falar chega. O que é aquilo?????

Passada a tensão, a médica começou a conversar comigo e quando eu menos esperava, ela me entregou Miguel e Heitor, e deitadinhos no meu peito, ela me disse: "Olha aí Isabella, seu sonho realizado em seus braços". Eu chorei demais. Que delícia! Que sensação boa.

Depois, veio um sono pesado demais. Perguntei à médica se eu podia dormir e ela disse que sim, que seria ótimo para mim. APAGUEI.

Após alguns minutos fui levada para a sala de recuperação. Um dos meus bebês chegou logo em seguida. O outro ficou em observação por ter nascido cianótico. Eu fiquei tensa, à espera dele. E quando ele chegou, fomos para o quarto. Não havia dor, mas começou uma coceira horrorosa no abdômen, no nariz e nos olhos, que a enfermeira foi me explicar que era resultado da morfina. E me disse: "não coça." Ai, meu Deus. Sofrimento só.

À noite, dormimos sozinhos, eu e meu esposo. Meus filhos foram para a incubadora. Eu fiquei preocupada, mas estava tão exausta, que apaguei. Ao longo da noite fui acordada várias vezes para tomar a medicação pós-parto. Pela manhã a sonda foi retirada e levantei para tomar banho. Tive tonteira e muuuuuita dor. Tomei banho sentada e tremendo de dor. Sinceramente, cesárea é horrível.

Após o banho, fui ao berçário ver meus bebês. Eles estavam bem e estavam na hora do banho. Vê-los tomando banho de torneira foi bem triste. Mas eu já sabia que era assim.

Começamos aí a nossa vida juntos. Meus filhos são lindos, são dois anjinhos e tem muita saúde. Graças a Deus. Eu só tenho a agradecer a Deus, a Nossa Senhora e à minha santa Mãe, por nos abençoar.

Obrigada pela proteção e pela oportunidade de criar meus filhos que gerei com tanto amor.



segunda-feira, 6 de abril de 2015

Gravidinha também comemora aniversário

Ontem completei meus 35 aninhos. Mais quieta que de costume, visto que já estou com alguns sintomas de preparação para o Parto.

Estava doida por uma camisa, Raio X da mamãe, que achei na internet. E claro, não deixei passar. Fiz minha homenagem aos babys.

Abaixo duas fotos que tiramos para registrar o momento.

Já com carinha inchada e apreensão pela chegada dos babys.

Bom dia! Que seja um dia abençoado.